“Portanto, se o Filho os
libertar, vocês de fato serão livres.” (João 8:36 )
É
necessário termos em mente a grande importância para a Igreja Cristã do
ambiente oferecido pelo Novo Mundo no que se refere à liberdade religiosa.
Olhando-se principalmente para a América do Norte e em especial para a formação
dos Estados Unidos, vamos notar que, com o advento do início da colonização
americana nas diferentes colônias inglesas, os colonizadores foram encontrando
no novo continente ambiente e condições para o desenvolvimento de suas vidas no
aspecto humano, bem como no relacionamento espiritual das comunidades
eclesiásticas, e de uma forma totalmente diferente e muito mais livre do que
tinham na Europa, principalmente na Inglaterra.
No
início, no entanto, não houve grande consciência disso nem grandes mudanças na
mentalidade reinante, mas, à medida que a colonização progredia, a idéia da
liberdade religiosa foi-se impondo aos poucos, até tomar forma legal na
constituição americana. Conforme afirma o historiador Walker, a conquista da
liberdade religiosa “foi um passo revolucionário, pois representou um
distanciamento radical dos princípios de uniformidade e oficialização que
haviam marcado a civilização ocidental por mais de mil anos”.
Na
Europa, convivia-se com a idéia da tolerância religiosa, principalmente na
Holanda e na Inglaterra, sendo a aceitação da liberdade religiosa como
princípio nacional uma visão totalmente inovadora e historicamente inviável,
diferentemente da situação vivida no Novo Mundo. Vários foram os fatores que
contribuíram para o desenvolvimento da liberdade religiosa na América do Norte,
como:
ü a multiplicidade de
organizações religiosas, fato que impediu que qualquer delas tivesse o apoio
da maioria da população;
ü a extensão do oceano, fator
que dificultava a influência direta das igrejas estatais européias;
ü a imensidão do continente
americano, um obstáculo para a manutenção de igrejas oficiais;
ü a pouca ênfase dada às
diferenças religiosas, motivada pelo desejo de prosperidade econômica nas
colônias, onde os trabalhadores eram escassos.
Além
desses fatores, a presença de grupos religiosos que tinham a liberdade
religiosa como princípio de fé e conduta foi muito importante.
Sobre
este assunto, afirmou Walker:
“A
oficialização da religião que por catorze séculos marcara a cristandade foi
abandonada a nível nacional, com profundas consequências para a vida religiosa
não apenas na nação recém-independente, mas para bem além dela, uma vez que
esse ‘experimento vivo’ era atentamente observado”.
Já
que os puritanos peregrinos tinham fugido para a América para escaparem de
perseguição religiosa, poderia parecer que eles seriam mais tolerantes entre si
e com os demais, mas não aconteceu assim, pois no início não havia tolerância
religiosa para com os dissidentes, muito menos liberdade. Massachusetts teve
como religião oficial a Igreja Congregacional, no período que durou de 1629 até
1833.
Rhode
Island foi a primeira das treze colônias a ter leis democráticas e liberdade
religiosa, datando os primeiros documentos legais de março de 1641.Virginia
talvez tenha sido o mais difícil campo de batalha para o assunto, pois a
colônia, fundada por membros da Igreja da Inglaterra, não tolerava outras
formas de cristianismo em sua jurisdição, tal como acontecia nas Ilhas
Britânicas. Desde 1606, suas leis previam que as autoridades deveriam
providenciar para que os cultos religiosos fossem feitos de acordo com os costumes
anglicanos. Pesadas punições eram previstas para os infratores e mesmo para
aqueles que não comparecessem aos cultos da igreja oficial. Difícil foi o
caminho dos batistas naquela colônia.
Já
na época da independência, declarações encontradas em obras deThomas Jefferson
e de George Washington atestavam a importância da luta batista pela liberdade
religiosa. Consultado pelos batistas sobre a liberdade de religião e de
consciência, assim se manifestou Thomas Jefferson:
“Revendo
a história dos tempos pelos quais passamos, nenhum momento proporciona maior
satisfação do que aquele que mostra os esforços dos amigos da liberdade
religiosa, com a qual foram coroados. Temos visto, por julgamento justo, a
grande e interessante experiência que mostra que a liberdade de religião é
compatível com ordem no governo e obediência às leis. E temos experimentado a
quietude e o conforto que resultam quando se permite a alguém professar livre e
abertamente aqueles princípios de religião que são ditados pela sua própria
razão”
George
Washington, o primeiro presidente norte-americano, assim respondeu a uma
consulta da liderança batista:
“Tenho
frequentemente expressado meus sentimentos de que cada homem, conduzindo-se
como um bom cidadão e reportando-se somente a Deus pelas suas convicções
religiosas, deveria ser protegido na adoração da Divindade de acordo com o que
dita a sua consciência. Enquanto isso, reconheço com satisfação que a sociedade
religiosa da qual sois membros tem-se constituído, através da América, uniforme
e quase unanimemente, em amigos seguros da liberdade civil e persistentes
promotores de nossa gloriosa revolução, além de fiel apoio de um
governo geral livre e eficiente.”
John
Clarke, John Crandall, Obadiah Holmes, Isaac Backus e outros foram líderes batistas
nesta batalha pela liberdade religiosa e pela não-existência de igreja oficial
nos Estados Unidos. A última batalha sobre o assunto somente foi vencida em
1789, quando a Primeira Emenda à Constituição foi ratificada. Patrick Henry
favorecia o estabelecimento de quatro igrejas ou denominações como oficiais no
novo governo: os episcopais, os presbiterianos, os metodistas e os batistas.
Somente os batistas se opuseram à proposta, oposição essa que acabou sendo
vitoriosa.
É
importante que tenhamos hoje conhecimento dessas verdades e que continuemos a
defendê-las, bem como todas as demais conquistas doutrinárias que a história
tem-nos mostrado como resultado de muita luta e sofrimento.
A
perda do primeiro amor no evangelho tem sido constante na história da igreja,
com alternâncias entre gerações profundamente voltadas para uma comunhão com
Deus com outras gerações de pessoas de religiosidade acomodada, apenas
preocupada com a manutenção dos resultados. Assim sendo, despertamentos,
reavivamentos e outros movimentos semelhantes têm ocorrido, buscando levar o
povo de Deus a uma volta ao fervor perdido. A ocorrência do Grande Avivamento
nos Estados Unidos e na Europa é o assunto do próximo fascículo.
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